Luta
pela vida, Contra a Violência
Lourdes Luna participou do debate enquanto
articuladora do MNDH e falou da instalação e funcionamento das Comissões da
Verdade no Brasil, previstas no Plano Nacional dos Direitos Humanos – PNDH 3,
lançado em novembro de 2009 e dos Comitês da Memória, Verdade e Justiça estão
espalhados pelo Brasil e com muitas demandas da sociedade civil organizada, que cobra o Direito à Verdade. Falou também do caso
da família da feminista Amelinha Teles, que passou pela “casa dos horrores”
durante o regime militar, sofrendo torturas e humilhações aviltantes e que
obteve importante vitória: pela primeira
vez no Brasil, um ex-torturador é oficialmente
declarado como tal. A família ingressou com uma Ação Declaratória contra o
Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – conhecido como “o monstro”, e
conseguiu que, mais uma vez, em segunda instância, fosse declarado oficialmente
torturador.
Lourdes justificou que a colocação de tais fatos,
se deu pelo fato da Psicologia surgir na era elitista e colocada a serviço da burguesia, colaborando com o regime
ditatorial, refletindo as subjetividades e modelos políticos da época, passando
a ser uma profissão servil e não voltada para servir – para contribuir com a
felicidade e alegria do ser humano.
Mas reconhece que desde os anos 80/90, a profissão
vem contribuindo humana e cientificamente com pessoas e grupos sociais
excluídos da sociedade. E por que não dizer que na história da Psicologia,
profissionais vieram também a passar por sofrimentos, em razão de seu
posicionamento e lutas.
Lourdes
parabenizou psicólogas e psicólogos que são capazes de fazer autocrítica e
reconhecem que a profissão precisa de muita revisão para cumprir seu papel com
valores e princípios éticos em nosso país. Prestando naquele momento sua devida
homenagem às (aos) profissionais “psi” verdadeiramente comprometidas (os) com a
vida, com a justiça e com a felicidade.
Um comentário:
É preciso lutar por direitos humanos, pois eles são conquistados com muito esforço e se não brigarmos por sua permanência podemos até perdê-los
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