quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vamos dar às Crianças um Futuro de Paz!

 
“É um direito delas ser acolhidas e viver tranquilamente”
 

Enquanto organização de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, o Grupo Mulher Maravilha (GMM) não podia deixar de se preocupar com as crianças e adolescentes hoje e com o que serão amanhã. Por isso, realizou no dia 09 de outubro, uma reflexão com crianças e adolescentes beneficiadas pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal, Coordenado pela Secretaria de Assistência Social de Afogados da Ingazeira e acessado pelo GMM, sobre seus direitos, como estão suas vidas atualmente e o que almejam para a vida adulta. O objetivo de tal atividade foi desconstruir a ideia mercantilista associada ao dia 12 de outubro “Dia das Crianças” e mostrar para elas que existem coisas bem mais importantes para comemorar do que a espera de um presente.
 
Essa atividade foi desenvolvida de forma lúdica e educativa, com brincadeiras e jogos direcionados à Declaração Universal dos Direitos da Criança, com referência ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As crianças conversaram sobre seus direitos e lembraram a importância de um lar para viver conforme depoimentos de algumas delas: “somos adotadas, mas somos felizes, pois sabemos que a verdadeira mãe é aquela que cuida”; “a criança não só tem direito como também tem deveres, por exemplo: ir à escola e respeitar os pais”. Além de se divertirem com músicas educativas, levaram a lição de que toda criança tem o direito de nascer, crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

Estiveram presentes algumas mães, pais e a Presidenta do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente de Afogados da Ingazeira, Risoneide Lima, educadoras e equipe pedagógica do GMM.
 
Declaração Universal dos Direitos da Criança
 
1. Direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade
2. 2. Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social
3. Direito a um nome e a uma nacionalidade.
4. Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe
5. Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente com necessidades especiais
6. Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
7. Direito à educação gratuita e ao lazer infantil
8. Direito a ser socorrida em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
9. Direito a ser protegida contra o abandono e a exploração no trabalho.
10. Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
 
 
Traduzido pela UNICEF

 

Jovens Quilombolas agora são a Turma da Prevenção




Jovens de Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Pajeú e Moxotó participaram de Oficina de Artes Cênicas e Formação Cidadã, através do Projeto Comunidades Quilombolas nos Caminhos da Prevenção, apoiado pela Secretaria Saúde de Pernambuco e executado pelo Grupo Mulher Maravilha nos dias 27 e 28 de setembro de 2012.
 
 Em sua primeira etapa, a oficina objetivava capacitar jovens de Comunidades Negras Rurais Quilombolas dos municípios de Afogados da Ingazeira, Carnaíba e Custódia, do Sertão de Pernambuco, para transmitir informações de cidadania e prevenção das DST/HIV/AIDS de forma lúdica, por meio da linguagem Cênica em suas comunidades e por onde andarem e estruturar em cada município citado, três grupos de arte-educadores(as), exercitando seu papel com consciência cidadã e estimulando outras pessoas principalmente o público jovem a se preocupar com o sexo seguro.

Os(as) Jovens também participaram de uma caminhada pela paz e não compra de voto, seguida de evento realizado no Cine Teatro São José, promovido pelo Ministério Público – Promotoria de Justiça de Afogados da Ingazeira. Estiveram presentes operadores (as) de justiça, sindicatos, representante de igreja e organizações da sociedade civil, representadas pelo GMM, além de estudantes e professores(as) de escolas púbicas e privadas, também os(as) três candidatos(as) a prefeito(a) marcaram presença. Na ocasião, foram feitas falas quanto ao crime de compra e venda de voto e da importância da paz nas eleições.
“Foi importante a gente participar da caminhada porque é preciso ter consciência em quem vamos votar, porque futuramente essa pessoa pode prejudicar a gente. Vender voto é crime e a gente demorou tanto a conseguir votar pra hoje fazer isso!”Amanda
“O que vi hoje, serve de lição para passar para meus filhos pra que não vendam o voto, pois se vendo meu voto, perco o direito de cobrar depois”. Andresa
“Quando a gente vai ao comício o político só acusa o outro, mas não fala das suas propostas, isso só serve para enganar o povo!” Eugênio
“Para aquilo que sonhamos o voto apenas não basta, é preciso que as pessoas continuem fiscalizando as políticas de forma permanente. Para isso é preciso que se organizem e façam parcerias”. Luiz Alves

MOVIMENTO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS-PE

 
Luta pela vida, Contra a Violência
 O Movimento Nacional de Direitos Humanos-PE esteve representado por Lourdes Luna na Audiência Pública para homenagear os 50 Anos da Psicologia no Brasil, ocorrida em 27 de agosto de 2012, promovida pela Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de Pernambuco.

Lourdes Luna participou do debate enquanto articuladora do MNDH e falou da instalação e funcionamento das Comissões da Verdade no Brasil, previstas no Plano Nacional dos Direitos Humanos – PNDH 3, lançado em novembro de 2009 e dos Comitês da Memória, Verdade e Justiça estão espalhados pelo Brasil e com muitas demandas da sociedade civil organizada, que cobra o Direito à Verdade. Falou também do caso da família da feminista Amelinha Teles, que passou pela “casa dos horrores” durante o regime militar, sofrendo torturas e humilhações aviltantes e que obteve importante vitória: pela  primeira vez no Brasil, um ex-torturador é oficialmente declarado como tal. A família ingressou com uma Ação Declaratória contra o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra – conhecido como “o monstro”, e conseguiu que, mais uma vez, em segunda instância, fosse declarado oficialmente torturador.
 
 
Lourdes justificou que a colocação de tais fatos, se deu pelo fato da Psicologia surgir na era elitista e colocada a serviço da burguesia, colaborando com o regime ditatorial, refletindo as subjetividades e modelos políticos da época, passando a ser uma profissão servil e não voltada para servir – para contribuir com a felicidade e alegria do ser humano.

Mas reconhece que desde os anos 80/90, a profissão vem contribuindo humana e cientificamente com pessoas e grupos sociais excluídos da sociedade. E por que não dizer que na história da Psicologia, profissionais vieram também a passar por sofrimentos, em razão de seu posicionamento e lutas.

         Lourdes parabenizou psicólogas e psicólogos que são capazes de fazer autocrítica e reconhecem que a profissão precisa de muita revisão para cumprir seu papel com valores e princípios éticos em nosso país. Prestando naquele momento sua devida homenagem às (aos) profissionais “psi” verdadeiramente comprometidas (os) com a vida, com a justiça e com a felicidade.