quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Consciência Negra e Ação Política nos Sertões do Pajeú e Moxotó de Pernambuco

  O Projeto Consciência Negra e Ação Política é um projeto apoiado pela CESE e tem como objetivo a criação de um Núcleo de Referência pela Igualdade Racial no Sertão do Pajeú, que trabalhará em três pontos: Estudo e Sistematização, Pesquisa e Formação, a partir da luta histórica do Grupo Mulher Maravilha na região.

    
Iniciado em março de 2012, as primeiras atividades aconteceram em Afogados da Ingazeira, Carnaíba e Custódia, com participação de mulheres e jovens lideranças de comunidades Quilombolas do Sertão do Pajeú e Moxotó.
 


  
 
O Projeto também prevê realização de rodas de diálogos e encontros de formação abordando a temática étnico-racial e traz o primeiro marco com uma pesquisa sobre o racismo institucional na região onde o projeto está sendo executado. Além da implantação de um Centro de Referência na temática abordada, o projeto demanda um grupo de estudo, que se encontra duas vezes por mês e é formado por pessoas de diversas áreas, sendo um grupo interdisciplinar. Este grupo faz reflexões sobre sua própria prática, agregando textos e obras que tratam da temática racial, além de produzir materiais educativos para disseminá-los em escolas, universidades e na comunidade onde os participantes vivem.

O Grupo de estudo se reúne todo primeiro e último sábado de cada mês na filial do Grupo Mulher Maravilha em Afogados da Ingazeira e segue um cronograma cujo conteúdo é construído a partir da discussão e das necessidades do próprio grupo, incluindo temas como: identidade negra e a contribuição de ancestrais africanos, contribuição de heróis e heroínas negros(as) para história afro-brasileira, contribuição da cultura negra para afirmação da identidade, como a escola tem transmitido a história da África e do Brasil em sala de aula, racismo institucional e ações afirmativas para população negra em nosso país, entre outros.


quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Grupo Mulher Maravilha foi Homenageado na abertura da 2ª Semana da Diversidade em Afogados da Ingazeira/PE


 A 2ª Semana da Diversidade ocorre de 03 a 06 de setembro de 2012 em Afogados da Ingazeira e está sendo realizada pelo CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) junto a Secretaria Municipal de Saúde do Município. Sua abertura se deu no dia 03 de setembro, no Cine Teatro São José, com apresentação de uma peça teatral com título de FELIZ DIAS DAS MÃES, PAPAI e lançamento de um filme de curta metragem, gravado em Afogados da Ingazeira, TRAVESSIA, baseado na história real de um jovem homossexual assassinado na cidade no início de 2012. Durante o evento, algumas pessoas e organizações foram homenageadas e receberam prêmio que trouxe o nome do Jovem assassinado “EDER MARQUES”, entre estas, o Grupo Mulher Maravilha foi homenageado pelos serviços prestados à sociedade no que tange às questões dos direitos da pessoa humana e apoio aos trabalhos desenvolvidos pelo CTA/COAS na região, desde sua implantação.



        O troféu foi recebido por Risoneide Lima e Helena Levino, representantes do Grupo Mulher Maravilha no Sertão. O GMM também está marcando presença, na continuidade das atividades educativas da 2ª Semana da Diversidade que estão sendo realizadas com escolas, profissionais da rede integrada de Assistência Social, profissionais de saúde e população em geral.

sábado, 1 de setembro de 2012

O Grupo Mulher Maravilha e o Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH PE - Celebraram o DIA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS no Sertão do Pajeú



O Grupo Mulher Maravilha (GMM) e o Movimento Nacional de Direitos Humanos – MNDH-PE - marcaram o Dia Nacional dos Direitos Humanos com um evento no qual se fez uma reflexão sobre Direitos Humanos e Acesso à Justiça dentro de um contexto conjuntural. O evento se deu na noite do dia 16 de agosto de 2012, no Espaço Benvirá, onde funciona a filial do GMM em Afogados da Ingazeira, Sertão do Pajeú, em Pernambuco.
Contou com a participação de lideranças jovens de Comunidades Negras Rurais Quilombolas de Afogados da Ingazeira, Carnaíba e Custódia, além de representantes de entidades parceiras do GMM, como igrejas e pastorais que trazem em suas linhas de trabalho a inclusão de grupos que estão em minoria no que tange ao acesso aos direitos da pessoa humana.
 O Dia Nacional dos Direitos Humanos, 12 de agosto, foi instituído pela Lei Federal nº 12.641 de 15/05/2012, em homenagem à sindicalista paraibana,  Margarida Maria Alves, presidenta do Sindicato dos trabalhadores Rurais de Alagoa Grande-PB,  brutalmente assassinada no ano de 1983, em decorrência de sua luta pelos direitos dos (as) trabalhadores (as).
O MNDH-PE e o Grupo Mulher Maravilha dedicaram a data a Amelinha Teles e familiares, que dia 14 de agosto conseguiram que a justiça declarasse e confirmasse oficialmente  em 2ª. Instância, o Cel. Ustra como torturador. A sentença resultou de uma Ação Declaratória, inédita, impetrada por Amelinha e sua filha Janaina. Na ação, a família Teles nada pedia a não ser o reconhe-cimento do criminoso como torturador, ele que é conhecido como figura sinistra e predominante da “casa dos horrores” durante a ditadura. Várias pessoas prisioneiras, particularmente Amelinha e familiares, foram vítimas do torturador, passando por situações humilhantes e torturas de várias formas. No processo judicial, esteve em jogo a dignidade do Estado Brasileiro diante da opinião pública nacional e internacional, pois foi julgado um agente público, remune-rado com dinheiro do povo. Isto acontece agora, num momento significativo, quando se instala e  começa a funcionar no Brasil uma Comissão da Verdade. 
Maria Amélia Teles (Amelinha) foi uma das responsáveis pela elabo-ração do Dossiê Mortos e Desaparecidos Políticos. No evento, foi lido o prefácio do dossiê, escrito por D. Evaristo Arns, que afirma a certa altura: “...um livro, vários brados, uma certeza verdadeira. Nunca mais a escuridão e às trevas, Nunca mais o medo à ditadura. Nunca mais a exclusão e à tortura. Nunca mais à morte. Um sim à vida”.
O evento foi encerrado com a canção de Geraldo Vandré “Pra não dizer que não falei das Flores” acompanhada por imagens sobre a ditadura militar.