quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Encerramento do Curso de Educação em Direitos Humanos

O Projeto Oficina de Direitos – Uma Campanha de Acesso à Justiça, apoiado pelo Fundo Canadá, BrazilFoundation e Comitê Alemão, teve seu encerramento depois de 18 meses em execução. O curso foi destinado a aproximadamente 80 mulheres e jovens da periferia do Recife, de Afogados da Ingazeira e de comunidades negras rurais quilombolas dos Sertões do Pajeú e do Moxotó.

Os conteúdos para Educação em Direitos Humanos e Acesso à Justiça foram: Construção Histórica dos Direitos Humanos (movimentos sociais e populares); Características dos DDHH; Marcos Legais e Institucionais; DDHH e Desenvolvimento Humano; DDHH e Políticas Públicas no Brasil; Instrumentos Jurídicos parar garantia de Direitos e Acesso à Justiça; estado democrático de direito; Os três poderes; Defensoria Pública e Ministério Público; princípios de um julgamento justo; as Constituições do Brasil; A Constituição Cidadã de 1988; Violência de gênero e a Lei Maria da Penha; Memória política - Calendário da Cidadania; Políticas Públicas e Controle Social.

No Recife, o encerramento do Projeto ocorreu no aniversário de 21 anos da Constituição Brasileira, 05 de outubro, com a realização de um importante seminário; e no Sertão no dia 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra, com a participação de mais de 300 pessoas.

Durante o Seminário de Socialização da Experiência, foram avaliados de forma profundamente exitosa todo o esforço das pessoas que perseveraram no curso, felizes pelo aprendizado e pelo empoderamento. Receberam junto com o Certificado uma cartilha sobre Direitos Humanos elaborada pelo Grupo Mulher Maravilha.

No enceramento no Sertão, foi lido por uma jovem concluinte do curso um Relatório de Violação dos Direitos Humanos, que ao longo do curso foi sendo produzido.

Dalila expressou seu sentimento de valorização do saber adquirido no decorrer do curso e o quanto este tem mudado sua vida e a realidade da própria comunidade. Sentimento expressado também pela educanda Erisbel Luzia que disse haver sido reconhecida como gente e também da coragem que adquiriu para não mais se calar diante das injustiças. “Esse foi mais um momento de ganho para todas nós”, disse Erisbel.

Há uma percepção da necessidade de continuidade dessa atividade, enquanto estímulo a essas pessoas que lutam por justiça em suas bases. “Nossa vida não será a mesma daqui pra frente, depois da realização desse Projeto”.

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