quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Comunidades quilombolas se capacitam em Gestão democrática

Comunidades negras rurais quilombolas estão cada vez mais empoderadas no reconhecimento da sua identidade (consciência negra) e elevação da sua consciência cidadã. O Grupo Mulher Maravilha, com o apoio do Projeto Dom Helder Câmara, vem contribuindo neste processo.

Visando aumentar a autonomia e o fortalecimento da capacidade organizacional dessas comunidades, foi realizado um Seminário sobre Gestão Democrática e Elaboração de Projetos, entre os dias 08 e 10 de julho na sede local do Grupo Mulher Maravilha em Afogados da Ingazeira, com atividades teóricas e práticas.

As(os) participantes, aproximadamente 50, provenientes das comunidades de Jiquiri e Leitão (Afogados da Ingazeira), Abelha, Brejo de Dentro e Gameleira (Carnaíba), Queimada dos Felipes (Iguaraci), Gia (Quixaba), Queimada de Zé Vicente (São José do Egito), e Águas Claras e Alagoinha (Triunfo), receberam noções/informações e treinamento sobre: elaboração de projetos, gestão financeira e controle social.

O seminário foi precedido de oficinas e de levantamento de dados nas comunidades, junto às associações. No evento, foram trabalhados assuntos de grande importância, com atividades práticas: livro-caixa, prestação de contas, planejamento e avaliação, processo de realização de uma assembléia e especificamente a redação de Ata, comportamento da diretoria de uma associação e sua forma democrática e transparente de agir de forma participativa.

Entendemos que essas atividades, que incluíram visitas de preparação às comunidades deram um passo importante para a autogestão e auto-desenvolvimento.

Os depoimentos das(os) participantes mostraram a receptividade e o empenho para seguir nesse caminho: “Se tinham dificuldades, os problemas serão diminuídos com as informações passadas. Nunca sentaram para aprender fazer projetos, por isso, na volta para comunidade, esse conhecimento não deve ser congelado” (Antônio João, Brejo de Dentro). “As associações estão saindo com tudo nas mãos, se não andarem com as próprias pernas é porque não querem.” (Maria Joseane – Gameleira).

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