No dia 11/09/2014 – no auditório
da UNICAP – Recife- PE foi realizada a Caravana de Educação em Direitos Humanos,
ação concreta a partir do Fórum Mundial de Direitos Humanos realizado em Dezembro de 2013 – em Brasília,
promovido pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da
República, com a participação da
sociedade civil, governo e entidades internacionais. Essas Caravanas que estão
sendo realizadas nos Estados, tem o propósito, entre outros , de colocar em
pauta os Direitos Humanos para quebrar tabus e criar novos conceitos. É uma
porta de entrada para uma nova cultura em Direitos Humanos.
A mesa foi composta pela Secretária de Direitos Humanos da presidência da
República – Ideli Salvati, representante nacional do MNDH, do Dignitatis, Secretário
Estadual de Direitos Humanos e membros da Comissão Estadual da Verdade e da
Comissão de Combate à Tortura.
Em sua fala, a Ministra defendeu
a criminalização da homofobia, trazendo
relatos de recentes crimes no
Brasil, por preconceito a exemplo do incêndio no Centro de Tradições Gaúchas-
CTG onde haveria uma cerimônia de casamento
de 28 casais heterossexuais, o assassinato de um casal gay e de um jovem
de 18 anos. Disse ainda que não foi fácil aprovar uma lei criminalizando o racismo
e a Lei Maria da Penha e certamente não será fácil aprovar uma lei que criminalize a
homofobia, por isso é preciso debater com a sociedade e no Congresso Nacional essa questão para que se possa ter um avanço na legislação. Referiu-se
ainda da tortura nos presídios, em
particular do Anibal Bruno, da criminalização dos(as) defensores(as) de
Direitos Humanos citando que em entrevista na radio, o jornalista perguntou por
que os Direitos Humanos defendem bandidos. Ela falou que bandido vira bandido,
mas ao nascer é gente. Portanto, é pessoa humana e assim sendo não pode ser
torturado, pois os Direitos Humanos são universais. Também se referiu ao caso Rubens Paiva, vítima da
ditadura militar e completou que o ocultação de cadáver é crime imprescritível.
A Senhora Nair Ávila, mãe de Manoel Mattos, Defensor dos Direitos Humanos assassinado na
Paraíba em 24/01/2009 por grupos de extermínio da região foi
homenageada no evento, finalizado com
protestos de um grupo de ambulantes, trabalhadores(as) informais denunciando o Prefeito do Recife pela retirada dos(as) trabalhadores
dos seus locais de trabalho, de forma truculenta sem oferecer-lhes alternativas
de local onde possam trabalhar para ganhar o pão.
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