sexta-feira, 6 de novembro de 2009

3ª Semana TICKET CULTURA & ESPORTE

De 5 a 15 de novembro, as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife recebem uma programação especial e gratuita para toda a população.

Confira a programação em Nova Descoberta

10/11 (Terça-Feira)
19h Se eu fosse você 2
Classificação: 10 anos

11/11 (Quarta-Feira)
19h
Castelo Rá-tim-bum – O filme
Classificação livre

12/11 (Quinta-feira)
19h Bodas de Papel
Classificação: 12 anos

13/11 (Sexta-Feira)
20h
Divã
Classificação: 14 anos

Local:
Espaço da Cidadania
Rua Nova Descoberta, 849 Nova Descoberta


Venha ao Cinema
Entrada gratuita.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Seminário para divulgar a Experiência do Projeto: “Oficina de Direitos -Uma Campanha de Acesso à Justiça”

O Grupo Mulher Maravilha marcou o Aniversário de 21 Anos da Constituição Cidadã - 05 de outubro de 2009, com um Seminário no Espaço da Cidadania em Nova Descoberta (Recife) para divulgar o Projeto que oportunizou atualização e aprofundamento dos conteúdos do curso às Promotoras Legais Populares PLPs, pelo Grupo Mulher Maravilha, entre 2005 a 2007 e formação em Direitos Humanos a outras mulheres e jovens do Recife e do Sertão.

O Projeto foi apoiado inicialmente pelo Comitê Alemão - Dia Mundial de Oração das Mulheres e posteriormente pela BrazilFoundation e Fundo Canadá. Ele oportunizou conhecimentos sobre os Direitos Humanos e das mulheres, aplicabilidade da Lei Maria da Penha e mecanismos de acesso à justiça, ao poder público e à cidadania.

O evento contou com aproximadamente 80 pessoas, sendo elas representantes do Fórum de Mulheres de Pernambuco - FMP, SOS Corpo, Conselho Regional de Serviço Social - CRESS, Centro Social das Mulheres de Arthur Lundgren - CESMAL, Agentes comunitárias(os) de Saúde, Grupo Novo Caminhar, Secretaria Especial da Mulher, Coordenadoria da Mulher, Instituto Lua Clara, Instituto Maria da Penha, Promotoras Legais Populares do Lua Clara, do Mulher Maravilha, da Federação Pernambucana de Apoio às Instituições Sociais e Escolas Alternativas – FEPEAL, da Associação de Mulheres de Lagoa Encantada -AMMLEA, da Associação das Promotoras Legais do Cabo de Santo Agostinho - APROSA, Juristas Populares do Mulher Maravilha e outras.


O evento foi aberto pela Coordenadora Geral do Grupo Mulher Maravilha, Graça Rodrigues, que após dar as boas-vindas, falou sobre a importância daquele evento como um marco nas vidas das pessoas comprometidas pela construção ed uma sociedade mais justa quando vivemos num contexto de tantas violações dos Direitos Humanos.

Convidou a todas as pessoas para se juntarem na comemoração dos 35 anos do Grupo Mulher Maravilha em 21 de abril de 2010. Lembrou que a entidade foi gerada em Nova Descoberta, na época da ditadura militar com grande repressão aos movimentos libertários.
Prosseguindo, houve uma apresentação de um esquete sobre violência pelo grupo de teatro “Resistir é Preciso”, seguido do poema “Abelha Operária” de Celeste Vidal pelas Juristas populares Wilma e Cida da comunidade negra rural quilombola de Abelha (Carnaíba) e pela Promotora Legal, Daiana - todas do sertão do Pajeú. O evento foi coberto pela Folha de Pernambuco.


Em seguida, todas as pessoas presentes se apresentaram. A mesa foi presidida por Margarida Jerônimo – PLP – GMM – Recife. Com a palavra, a Coordenadora da Coordenadoria da Mulher do Recife, Juliana Cezar tratou sobre a Constituição de 1988: O contexto político, o momento pós-88, legislações, a realidade, avanços e o maior desafio que é introjetar e propagar os preceitos consagrados na Constituição e nos tratados internacionais, missão de todos e de todas.

Pela Secretaria Especial da Mulher do Estado, Lucidalva Nascimento inicialmente mostrou-se emocionada por lembrar das aulas para formação de promotoras legais populares naquele espaço, da importância do curso e acentuou que o Grupo Mulher Maravilha é uma faculdade que forma mulheres na busca do acesso à justiça.

Regina Célia, que foi a primeira a falar, historiou a criação do Instituto Maria da Penha, sua atuação e desvinculação da FEPEAL. Representando a Associação de Mulheres Brasileiras – AMB, Sílvia Camurça enfatizou a importância da auto-organização das mulheres e a luta permanente para ampliar e garantir os direitos. Falou ainda sobre as lutas do movimento feminista e convocou a todas para a celebração do 25 de Novembro - Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher e alertou para o risco que está correndo a Lei Maria da Penha.

Ridete Columbino fez a leitura de um documento falando legitimidade e sobre a construção histórica da Rede de Promotoras Legais Populares, criada em 21 de agosto de 2009. E, por fim, Lourdes Luna do Grupo Mulher Maravilha, representando o Movimento Nacional de Direitos Humanos, falou sobre a aprovação da Carta de Princípios da Rede Nacional de Educação Jurídica Popular –Região Nordeste, aprovada no encontro de setembro em João Pessoa. Falou também sobre a importância da formação para uma nova cultura de Direitos Humanos e da importância de uma rede.

A palavra foi facultada às pessoas presentes e, após alguns pronunciamentos, foi lida uma moção de apoio à Lei Maria da Penha, ameaçada de alteração, aprovada e assinada pelas pessoas que participaram do evento, documento a ser enviado ao Presidente Lula.

JUVENTUDE INFORMADA, CIDADANIA COMPROVADA!


Teatro e Intercâmbio Cultural

Jovens de Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Pajeú acompanhadas pelo Grupo Mulher Maravilha, através do Projeto Construindo a Cidadania no Semi-árido – “Ações Afirmativas para o Desenvolvimento Sustentável” – PDHC – MDA/FIDA, jovens quilombolas de Custódia e outros(as) engajados(as) em grupos culturais participaram do Curso Básico de Formação em Artes Cênicas pelo Grupo Mulher Maravilha no Espaço Benvirá em Afogados da Ingazeira. Esses momentos foram facilitados por educadores(as) da entidade.

Em setembro (15 a 17) o curso foi ministrado para aproximadamente 30 jovens, pelo ator e produtor teatral Bené, Wilson, Letícia e Rafael do Grupo de teatro Resistir é Preciso do GMM Recife.

Em outubro (01 a 03), foi realizado o Intercâmbio Cultural para 40 jovens, facilitado pelos músicos e produtores culturais Hamilton Tenório e Franklin Amorim, designer Vanessa Silva, capoeirista e cantor de rap Wilson pela bailarina Daiana da equipe do Sertão.
Os encontros objetivaram capacitar as(os) jovens quilombolas para transmitir informações de cidadania de forma lúdica, com linguagem cênica à comunidade e fortalecer a cultura local, através do conhecimento de outras modalidades culturais, a partir da compreensão da comunicação como um direito humano e instrumento libertador, transformador da realidade.

No teatro exercitaram técnicas vocais, maquiagem, figurino, desinibição, movimentos corporais, e no intercâmbio exercitaram música percussiva, danças afro e popular, “zines”, capoeira, entre outras expressões culturais que foram trocadas entre os grupos, enquanto meio de comunicação e ampliação da cultura. Os grupos de coco de roda, pífano, danças, artesanato entre outros aproveitaram para se exibir e trocar experiências.

Assistiram aos filmes “Parafusos” que demonstrava a as artimanhas que escravos(as) praticavam para fugir de seus senhores, através de danças e lendas descobertas somente depois da abolição, e “Chegança” que retrata de forma resumida a chegada dos portugueses ao Brasil.
Participaram da Quinta Cultural no Cine Teatro São José, retratando a história do Cangaço, como parte da programação dos 50 Anos da Rádio Pajeú, Emissora de Educação Popular de Afogados da Ingazeira.

Os(as) jovens não só descobriram a arte de interpretar, mas descobriram seus talentos. Comprometeram-se enquanto sujeitos políticos, transmitir o que aprenderam e esperam ter novas oportunidades no ano que vem.

Os Seminários oportunizaram o conhecimento de novas experiências e dinâmicas de trabalhar em grupo e formas de expressões diante de situação de indignação. Também aprenderam formas de apresentação, publicação do trabalho de um determinado grupo da comunidade, além do entendimento das diversas possibilidades de aprendizagem e ocupação do tempo ocioso utilizando os objetos que estão ao seu redor e a criatividade de cada pessoa para junto produzir materiais de publicação de obras, instrumentos musicas e diversão do grupo como forma sadia de lazer para a comunidade.

“Quando a gente apresentava teatro na comunidade, ficava de costas para o público, agora aprendemos novas técnicas e dicas.” Lucimária - Buenos Aires – Custódia. “O tempo foi pouco, mas incorporamos personagens com muita propriedade. Aprendemos teoria e a prática” (Elisabete da comunidade de Gia – Quixaba).